terça-feira, 12 de maio de 2009

Faz escuro, mas eu canto...“Homem é a semelhança do menino com tudo que ele tem de primavera, de valente esperança e rebeldia!” Thiago MelloEis que se ouve a doce melodia que nos chega aos ouvidos, soprada pelos ventos tênues do Alto Sertão. Ouve-se um canto de justa rebeldia, canto cantado por aqueles que cantam a própria vida, por sentirem que se esvaem nas artimanhas dos que semeiam a escuridão, os desejos e sonhos construção de toda uma vida. Não menos nefastos, são os que em nome do discurso da liberdade e do direito, arvoram-se em acusá-los de ilegalidade. Ilegais e imorais são sim aqueles, que usurpam de muitos o direito a uma educação de qualidade, que frustrando sonhos e projetos pessoais, atrasam a construção coletiva de uma sociedade igualitária. Ilegais e imorais são aqueles que jogam com vidas como se fossem números, baixam decretos fazem discursos, para assim poderem servi-los nos cardápios da demagogia dos relatórios e dados estatísticos do maior e mais bem sucedido empreendimento educacional do nordeste. A estes que ousam falar de liberdade, com a boca escancarada cheia de dentes, onde a morte certamente já chegou, faço minhas as palavras do poeta Thiago de Mello, fica proibido o uso da palavra liberdade... seja ela suprimida do pântano enganoso das bocas. A partir deste instante a liberdade será algo vivo e transparente como fogo ou um rio e sua morada será sempre o coração do homem. (grifo meu). Só os que podem dizê-la de verdade são os que a vivem autenticamente, assim como vocês. Continuem a cantar contra a escuridão densa dos que insistem em não querer ouvir, continuem a cantar e outros verão como são felizes, continuem a cantar para que ouvindo, outros cantem juntos, continue a cantar pois um dia a força desse canto, dissipará completamente a escuridão. Contem com meu canto ainda que meio rouco, ainda que não soe com a mesma força de antigamente, posso junto com vocês reaprender a cantar bem.Faz escuro (agora já não tanto), mas continuem a cantar!
Fraternalmente,
Prof. Márcio O. D’Esquivel - Campus VI Caetité

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